quinta-feira, 16 de maio de 2024

Governador bolsonarista do Acre vira réu

Por Altamiro Borges


Nesta quarta-feira (15), a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu, por unanimidade, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), que agora virou réu. O bolsonarista é investigado pelos crimes de dispensa indevida de licitação, peculato, corrupção passiva majorada e organização criminosa. Os magistrados, porém, não atenderam ao pedido da PGR para que o chefe do executivo estadual fosse afastado imediatamente do cargo.

Respeitem o soldado e o policial!

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Manuel Domingos Neto

Quem acompanha o que eu escrevo sabe que discordo da concepção de Defesa Nacional prevalecente e sustento a necessidade de uma reforma militar que nos garanta voz efetivamente soberana no jogo internacional. Defendo uma reforma que tire do militar o papel de ator multifuncional e o deixe na condição de guerreiro pronto para abater o estrangeiro intrometido.

Enquanto isso não ocorre, incomoda-me receber fotos e vídeos dos que se empenham em desmoralizar a atuação das Forças Armadas nas inundações no Rio Grande do Sul. Por mais especializado que seja em combater o estrangeiro, jamais o militar pode deixar de atuar em situações internas extremas.

Extrema direita pisoteia os mortos do RS

Charge: Cacinho/Pavio Curto
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Lula tem meio século de intuição política, com sabedoria de sobra para saber que a extrema direita continuará pisoteando os cadáveres dos gaúchos para tentar reconstruir suas trincheiras políticas.

O fascismo usará a tragédia no Rio Grande do Sul como atalho para se recuperar da derrota na eleição, do fracasso do golpe e da fragilização física, emocional e política de Bolsonaro.

Foi em meio a essa guerra que Lula fez a terceira visita ao Estado e produziu, no tempo certo, a resposta mais poderosa do governo às demandas e expectativas das vítimas. Antes, Lula havia sido protocolar, quase um não-Lula.

Desta vez, esteve perto de quem perdeu familiares, casas, bens, bichos e em alguns casos a perspectiva de futuro. Anunciou as medidas de socorro ao povo e instalou o ministro Paulo Pimenta no comando do plano federal de reconstrução do Estado.

Campanhas salariais e a cabeça de bacalhau

Charge: Laerte
Por João Guilherme Vargas Netto


Todos estamos contentes com os resultados dos últimos acordos e convenções coletivas de trabalho em que 86% delas superaram a inflação com ganhos reais, segundo levantamento do Dieese.

Mas, quem de nós assistiu, testemunhou ou constatou as campanhas salariais que levaram a estes resultados?

Verdadeiras cabeças de bacalhau que podem existir, mas que ninguém as vê.

Ainda que consideremos uma campanha minimamente descrita com uma assembleia de pauta, uma ou algumas assembleias em locais de trabalho, uma assembleia de aprovação e a divulgação na base dos resultados, mesmo assim o que pode ser registrado é exíguo, quase nulo (com as exceções regulamentares).

O jogo de versões sobre a saída de Prates

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Por Luís Nassif, no Jornal GGN:


É curioso o jogo de versões sobre a saída do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Em seu lugar, foi indicada Magda Chambriard, ex-Petrobras, ex-Agência Nacional de Petróleo, consultora e responsável pelos primeiros leilões de petróleo do pré-sal, e defensora da parceria com grupos estrangeiros.

Mesmo assim, a colunista Raquel Landim, do Estadão, ouviu de uma “fonte”, que Magda faria parte daqueles que viram conspiração da CIA na Lava Jato. Dá um cansaço enorme esse tipo de jornalismo, compensado pela chuva de retalhos de informação fidedigna d(o)s colunistas de O Globo.

Por que ela ouviu ou atribuiu à pretensa fonte essa informação furada?

PL da Globo? A nova fake news bolsonarista

Lula sob o tom contra mentiras sobre o RS

Tragédia no RS e o negacionismo bolsonarista

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Lula anuncia Pimenta como autoridade federal

RS entra no mapa de refugiados climáticos

Foto: Diego Vara/Reuters
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Mais cedo que imaginávamos chegamos no futuro de um mundo ambientalmente e climaticamente catastrófico.

E não por falta de aviso, mas porque foram em vão as vozes da ciência que alertavam governantes surdos e indiferentes ao esgotamento do modelo econômico capitalista que é incompatível não só com a democracia, mas também com a sobrevivência humana e da natureza.

A Era do colapso climático chegou para ficar. É uma realidade que assola a totalidade do planeta Terra.

O Brasil não está imune a isso, como bem prova o Rio Grande do Sul, com 447 das suas 497 cidades atingidas em níveis variados de gravidade – sendo que, de modo especialmente penoso, a capital Porto Alegre e municípios vizinhos.

Na paz e na guerra, a força dita o domínio

Guerra, Cândido Portinari/Unesp
Por Roberto Amaral, em seu blog:

“No Brasil não se organiza exército contra o estrangeiro; desenvolvem-se as instituições militares contra a ordem civil” - Rui Barbosa. Discursos parlamentares

Advertindo-nos sobre o desfecho previsível, embora indesejável, da crise político-estratégica que divide o mundo - de forma mais aguda do que aquela dos anos da Guerra-fria -, o historiador e cientista político Manuel Domingos Neto (O que fazer com o militar) lembrava, recentemente, em palestra no Instituto Brasileiro de Estudos Políticos-IBEP, a inexistência de registro histórico de desfecho de conflito hegemônico, como o que vivemos presentemente, fora do duelo militar. É suficiente percorrer o currículo do Ocidente, nosso espaço cultural, desde quando se fez conhecer como civilização em busca do mando. A última lição vem das duas disputas do século passado, determinando duas guerras que se prorrogaram, chegando aos dias presentes mediante formas as mais variadas, mantida, porém, a essência: o embate pela hegemonia. Porque, desde sempre, é a força que dita o domínio. Na paz e na guerra.

A arte de fazer aquilo que se diz combater

Charge: Thiago
Por Jair de Souza

Se há algo em que os bolsonaristas se especializaram é a arte de usar os argumentos de quem combate alguma coisa para, na verdade, dedicar-se com tudo a praticá-la.

Esta habilidade bolsonarista não é nada tão recente e nem foi inventada pelo medíocre ex-capitão que dá nome a esta corrente política. Em realidade, esta técnica vem sendo desenvolvida e aperfeiçoada há umas quantas décadas pelos fundadores teóricos do bolsonarismo, os quais já a estavam desenvolvendo muito antes de que o tosco ex-militar fosse sequer conhecido por eles mesmos. Portanto, neste caso, o nome dessa corrente política não se deriva de quem a fundou ou foi seu principal formulador teórico, e sim de um sujeito que simboliza a podridão mais completa dos efeitos combinados da aplicação prática dessa “filosofia”.

Monocultura da soja explica tragédia no RS

As consequências da privatização da Sabesp